
Sindicato dos Radialistas diz que está
Record enfrenta surto de Covid-19 e demite funcionários afastados
A Record está vivendo um surto de casos de Covid-19 nas últimas semanas. Por causa de diversos testes positivos para o novo coronavírus, mais de 40 profissionais estão afastados do trabalho na sede da emissora paulista. Mesmo com a equipe reduzida ao máximo, a Record decidiu ir além: dispensou contratados ainda que com esse aumento de casos, alguns deles em quarentena, para reduzir custos de produção. Segundo apurou o NaTelinha, neste momento, o jornalismo tem diversos profissionais sem trabalhar, a maioria deles de bastidores, em funções como produção e edição. Outro nome conhecido que está afastado é Grace Abdou, que atua no Cidade Alerta. Eles só vão retornar ao trabalho quando testarem negativo no exame PCR. Por essa escalada, a Record tentou tomar algumas medidas. Depois de promover o retorno de nomes como Celso Freitas e Marcos Hummel, que fazem parte do grupo de risco, os âncoras voltaram para casa e só irão novamente para a TV após a situação acalmar novamente - ou se a vacina for aprovada pelo Governo Federal. Outra medida foi pedir para que repórteres voltem para suas moradias assim que finalizarem seus trabalhos na rua, sem ir para a redação. Ao todo, são mais de 40 profissionais afastados. Por causa disso, a equipe esportiva da casa segue toda emprestada para o jornalismo geral, e sem previsão de volta aos trabalhos normais. Equipes em carros também estão redobrando o cuidado, e passaram a ter uma capacidade reduzida quando vão a rua. Mesmo com a situação calamitosa, a Record está demitindo profissionais. A reportagem soube que, só na semana passada, foram nove contratados desligados e que estavam afastados, todos eles cinegrafistas e que fazem parte do grupo de risco. Sindicato diz que está "acuado" Ao NaTelinha, Sérgio Ipoldo Guimarães, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo, disse que o órgão está acuado, tentando organizar reuniões com os trabalhadores, mas sem ter muito o que fazer porque a Record e outras emissoras têm amparo legal para as demissões. "Nós estamos vivendo uma situação muito atípica. Nossa convenção vai para o quarto ano sem ajuste, e o sindicato patronal ainda quer retirar 19 cláusulas dessa convenção. Dito isto, veio o momento da pandemia, e, com isso, a nova legislação que permite demissões em massa e suspensão de contratos sem nenhum tipo de problema para os empregados. A Record tem demitido a conta gotas, o SBT, por exemplo, mandou 300 embora de uma vez só", disse, citando também o caso do SBT. FONTE NATELINHA