Liberdade de imprensa na América Latina é debatida em encontro internacional

A Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) promoveu, na quarta-feira (14), mais uma edição do ciclo de conferências virtuais “A Radiodifusão do Século 21”. O encontro online “Ataques, ameaças e desafios à liberdade de expressão no século 21" reuniu autoridades de toda a América Latina.

O diretor geral da AIR, Juan Lerena, fez a apresentação da mesa redonda, que teve a participação do presidente da Associação, o argentino Eugenio Sosa Mendoza. “Temos que estar atentos, porque a liberdade é um tema central para nossa atividade. Com o passar do tempo,surgem roupagens distintas, mas os ataques à liberdade de expressão continuam”, explicou. Diretor honorário da AIR, Hector Oscar Amengual assumiu a moderação.

Ana Maria de Lara, presidente da Associação Salvadorenha de Radiodifusão, destacou o relatório da ABERT como documento valioso para ilustrar as dificuldades enfrentadas por jornalistas de todo o mundo e citou o assassinato do jornalista Leo Veras, ocorrido em Pedro Juan Caballero, na fronteira paraguaia com a matogrossense Ponta Porã, em 2020. "Não importa a quantidade: uma vida perdida impacta a família, a sociedade e o país. Que entusiasmo terá a juventude para se dedicar ao jornalismo e defender os preceitos democráticos?", questionou.

Ex-presidente da Associação Chilena de Radiodifusão, Luiz Pardo salientou que as normas regulatórias do setor vão se tornando mais sofisticadas, mas também mais perigosas, culminando em censura ou autocensura de emissoras. Ele aproveitou a ocasião para criticar as assimetrias regulatórias entre os meios de comunicação profissionais e o universo digital. "Empresas transnacionais de tecnologia não seguem a mesma legislação que as demais e lucram com o conteúdo alheio", alertou.

Osvaldo Quintana, CEO da Rádio Caracas de Televisão (RCTI) relatou a trajetória de sua emissora, fechada em 2007 pelo governo venezuelano. Segundo ele, no mesmo passo em que os recursos tecnológicos se desenvolvem, evoluem também as formas de cerceamento da liberdade de imprensa. "Hoje, não se usa mais ação militar ou violência. Os métodos são o encerramento de concessões, a elaboração de leis que interferem no trabalho dos meios, a descredibilização da profissão e o suporte à divulgação de notícias falsas", denunciou.

Encerrando o ciclo, o jornalista nicaraguense Aníbal Toruño relatou a situação do país em meio ao regime político atual. Segundo ele, existe um trabalho constante para encerrar a atuação de veículos profissionais independentes. "Hoje, temos 61 jornalistas vivendo com medidas cautelares, 50 exilados, além de situações de judicialização, prisão e assassinato. Vivemos uma pandemia de censura, repressão e assédio", desabafou.


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