Pânico é condenado a pagar R$ 40 mil em indenização a ativista não-binário
O "Programa Pânico", da Rádio Jovem Pan, foi condenado pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) por discriminação e terá que indenizar em R$ 40 mil o ativista transgênero Rosa Laura. O motivo do processo foi o fato de o programa ter feito chacota com um vídeo em que ele falava sobre as vivências da comunidade não-binária no Brasil — isto é, aqueles que não necessariamente se identificam com apenas uma identidade de gênero. Conforme o juiz do caso, André Augusto Salvador Bezerra, o "Programa Pânico" — em transmissão de rádio e no YouTube — "ignorou a luta diária da comunidade não-binária" e usou a imagem do ativista de forma jocosa. A postura se repetiu quando o vídeo foi veiculado por outro programa da emissora, o "Morning Show". Na ocasião, Rosa explicava que o português é uma língua que se caracteriza pela marcação dos gêneros masculino e feminino nas palavras, o que complica identificação dos não-binários. No vídeo, ele defende a utilização da linguagem neutra de modo a suavizar as dificuldades enfrentadas por quem não se identifica com um gênero em específico. Em línguas como o inglês, por exemplo, a designação do gênero das coisas é neutra. Fonte Uol